sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Avessos a qualquer crítica

Alguns humanos preparam meticulosamente a sua velhice infeliz. É como se arremessassem seu avião contra a montanha, ou o navio contra o atol, por mais que os amigos os alertem. Não aceitam crítica de espécie alguma. Passam meses, ou anos até, sem falar com a pessoa que ousou enfrentá-las e criticar algum de seus gestos ou criações. Não há perdão. Não há retroceder. Por mais gestos que o outro faça, fecharam-se.

Acontece com quem bebe, prega doutrinas erradas, assume comportamentos anti-sociais, ou com quem transmitiu uma possível heresia. Rever-se ou rever, jamais! Não aceita críticas e sua reação imediata é deletar a pessoa do seu caderno de boas vindas. Às vezes, o comportamento é de tal modo agressivo que silencia qualquer possível crítica antes que ela nasça. Consegue assim anular os amigos e os conselhos no nascedouro.

Incorrigível não é quem não consegue, mas quem não se deixa corrigir. O outro é frágil, mas este é mal intencionado. Não aceitará a menor crítica à sua postura, à sua pregação, à sua maneira de escrever ou cantar, à sua maneira de administrar e fazer negócios. Cercado de amigos que só lisonjeiam bastam-lhes os elogios. E pobre daquele que pensando que é amigo, ousar discordar. Declara-o inimigo e esquece tudo o que o amigo fez e todos os elogios e oportunidades de ontem. Nunca mais esquece que foi gravemente ofendido na sua dignidade com aquela crítica. Mas ele alguns dias antes criticou o grupo do mesmo amigo. E tudo, às vezes por conta de apenas uma proposta de correção de um momento, uma passagem, um pequeno texto!

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