O principal problema disso tudo é
(como já disse) viver falsamente o amor. Muitos casais acabam levando para o casamento
um amor falso que fará somente com que ele desabe, desmorone, seja levado ao
fracasso. O namoro é uma forma de aprendizado, de exercício para o amor, eis
aqui seu maior sentido, e se não aprendemos a amar, jamais conseguiremos ser
felizes plenamente.
Você
deve estar se perguntando: - Afinal, o que é amar de verdade? O que é o amor?
Vou responder primeiro o que não é o amor. Pois bem, fomos acostumados com
aquela velha história de que para saber se estamos amando alguém, devemos
observar nossas reações: “tremedeira”, suor frio, suspiros e afins. No entanto
e infelizmente não é assim que saberemos se estamos realmente amando alguém.
Tudo isso, somado ao encantamento com a beleza e as primeiras impressões que
temos de alguém que estamos supostamente “apaixonados” não passam de paixão
carnal, de sinais de uma pessoa que quer saciar seus desejos de prazer e
repletos de egoísmo. É apenas emoção carregada de irracionalidade e vontade de
satisfazer-se a si mesmo.
Quando
se busca amar o outro verdadeiramente, não se deve ser egoísta, nem querer se
apoderar dele, possuí-lo somente para satisfazer necessidades próprias. Amar é
viver a experiência do limite, é dar-se ao outro para torná-lo completo. Só
descobre que se ama realmente, quando querer o bem do outro, torna-se maior que
a necessidade de tê-lo ou de toma-lo para si.
A
presença real do Amor na vida de um casal torna a relação agradável, produz
cooperação e troca. Planta-se confiança, proteção, individualidade, entrega e
acima de tudo retira o medo da perda. Mas, amar exige muita preparação,
paciência, espera, exige-se também tempo, pois não se ama verdadeiramente “do
dia para a noite”. O Amor é uma construção e se não tiver um bom alicerce, uma
boa fundação, toda essa construção desabará,
assim é essencial que tudo isso seja construído ainda no namoro.
Amar
também é uma decisão que não pode ser tomada de qualquer jeito, somente com o
coração, pois corremos o risco de adoecermos, de fraquejarmos e desacreditar na
possibilidade de vivenciar um verdadeiro amor. A decisão de amar deve ser
racional e ao mesmo tempo, livre e consciente, é preciso buscar a sua
autenticidade, e só a encontraremos caminhando juntos com Aquele que soube
traduzir e expressar como viver e experimentar o verdadeiro amor: Jesus Cristo.
Cristo
soube doar-se a si mesmo para que nós nos construíssemos, crescêssemos e
fôssemos dignos de receber a gratuidade de amar e ser amados. Ele nos mostra
como e devemos agir diante da pessoa a quem desejamos amar, pois nos dias de
hoje, muitos são os que querem determinar, dar “dicas”, técnicas e várias
outras informações fúteis para se viver um “bom” relacionamento, um “bom”
namoro, um “bom” casamento. Todos os dias somos bombardeados pela mídia e
cartazes espalhados pelas cidades, prometendo a “fórmula mágica para o amor”
que só iludem a muitos com essas propagandas enganosas. Porém, só nos valores
cristãos é que encontramos o caminho para a verdadeira felicidade. Assim, como
dizia o poeta na canção, devemos “amar como Jesus amou” e, a exemplo D’Ele,
fortalecer nossa caminhada e o crescimento recíproco, amando um ao outro,
buscando sua felicidade, compreendendo-o, ouvindo-o, doando-se com gratuidade,
buscando sempre o bem daquele ou daquela a quem escolhemos para viver a
experiência do amor.
Pedro Athuan de Medeiros
Albino
Estudante
de Psicologia
Coordenador
do Grupo de Jovens JUC
Membro
do Grupo Jovens Enamorados em Cristo - JEC
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